(6A) MANIFESTAÇÕES DO MUNDO ESPIRITUAL

(6A)

MANIFESTAÇÕES DO MUNDO ESPIRITUAL

            No título (6) manifestações do mundo espiritual transcrevemos umas descrições de EMMANUEL SWEDENBORG (1744), um século antes da codificação da doutrina espírita (1850) sob o mesmo tema. Nessa transcrição anotamos:

          “Verificou que o outro mundo, para onde vamos após a morte, consiste de várias esferas, (1) representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade; cada um de nós irá para aquela a que se adapta a nossa condição espiritual (2). Somos julgados automaticamente, por uma lei espiritual das similitudes (3).; o resultado é determinado pelo resultado global de nossa vida, de modo que a absolvição ou o arrependimento no leito da morte têm pouco proveito. Nessas esferas, verificou que o cenário e as condições deste mundo eram reproduzidas (4) fielmente, do mesmo modo que a estrutura da sociedade. Viu casas onde viviam famílias, templos onde praticavam o culto, auditórios onde se reuniam para fins sociais, palácios onde deviam morar os chefes. “A morte era suave, (5) dada a presença de seres celestiais que ajudavam os recém-chegados na sua nova existência. Esses recém-vindos passavam imediatamente por um período de absoluto repouso. Reconquistavam a consciência em poucos dias, segundo a nossa contagem. “Havia anjos e demônios (6), mas não eram de ordem diversa da nossa: eram seres humanos, que tinham vivido na Terra e que, ou eram almas retardatárias, como demônios, ou altamente desenvolvidas, como anjos. “De modo algum mudamos com a morte. O homem nada perde pela morte: sob todos os pontos de vista é ainda um homem, conquanto mais perfeito do que quando na matéria. Levou consigo não só suas forças mas seus hábitos mentais adquiridos, suas preocupações, seus preconceitos. “Todas as crianças eram recebidas, igualmente, fossem ou não batizadas. Cresciam no outro mundo; jovens lhe serviam de mães, até que chegassem as mães verdadeiras. “Não havia penas eternas.(7) Os que se achavam nos infernos podiam trabalhar para sua saída, desde que sentissem vontade.(8) Os que se achavam no céu não tinham lugar permanente: trabalhavam por uma posição mais elevada. “Havia o casamento sob a forma de união espiritual no mundo próximo, onde um homem e uma mulher constituíam uma unidade completa (é de notar-se que Swedenborg jamais se casou). “Não havia detalhes insignificantes para sua observação no mundo espiritual. Fala de arquitetura, de artesanato, das flores, dos frutos, dos bordados, da arte, da música, da leitura, da ciência, das escolas, dos museus, das academias, das bibliotecas e dos esportes.(9) Tudo isso pode chocar as inteligências convencionais, conquanto se possa perguntar por que toleramos coroas e tronos e negamos outras coisas menos materiais. “Os que saíram deste mundo, velhos, decrépitos, doentes, ou deformados, recuperavam a mocidade e, gradativamente, o completo vigor. Os casais continuavam juntos, se os seus sentimentos recíprocos os atraíam. Caso contrário, era desfeita a união. Dois amantes verdadeiros não são separados pela morte, de vez que o Espírito do morto habita com o sobrevivente, até a morte deste último, quando se encontram e se unem, amando-se mais ternamente do que antes.” (Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/abc/cap12.html ou google Alguns médiuns famosos do passado (leitura ótima para quem quer realmente saber sobre o futuro).

No Brasil, pela mediunidade de CHICO XAVIER, DIVALDO PEREIRA FRANCO e tantos outros, no sec. XX, os autores espirituais narram tal como Swedenborg havia descrito do mundo espiritual duzentos anos antes, embora mais explícitos porque adentaram várias cidades, ou seja, de vários níveis de energia.

Com isso, no entanto, muita gente tem medo de morrer porque, conhecendo as várias cidades e os diversos níveis de desenvolvimento dos espíritos, temem pelo que é narrados nessas linhas.  O médium em questão esteve em somente uma cidade quando deixou as impressões transcritas.

1 –    outro mundo consiste de várias esferastodas as publicações conhecidas, que vamos representar nestas considerações pelas obras de André Luiz, as cidades espirituais estão divididas em vários níveis.  Nosso Lar é uma dessas cidades e André Luiz nos narra em todos os seus livros outras cidades.  E quem nos afirmou suas existências foi Jesus, quando em João 14,2 nos legou: “há muitas moradas na casa do meu Pai.

2 –      nossa condição espiritual: com vibrações mais tênues e mais grosseiras, onde a presença dos seus moradores vibram nas mesmas condições.  Lá não é o estado social ou conquista material da última encarnação  que indicará onde estaremos, mas as vibrações ligadas ao desenvolvimento moral de cada um de nós.

3 –      automaticamente, por uma lei espiritual das similitudes – temos dito que não somos julgados por quem quer que seja, pois nós mesmos é que nos julgamos.  Ao afirmar que o julgamento é automático, lei espiritual das similitudes é exatamente o que nos propomos a entender e transmitir.  Vejamos: nosso passado é que nos colocará no ambiente que nos será compatível.  A rigor, sem julgamento, mas a lei é aplicada automaticamente.  Desnecessário o julgamento.

4 –      as condições deste mundo eram reproduzidas – Ensina-nos a doutrina que na Terra reproduzimos o que existe no mundo espiritual e que pela grosseria da matéria daqui com relação aos fluidos de lá, naturalmente não conseguimos aqui estabelecer nem mesmo uma aproximação, tanto nos aspectos quanto na operacionalidade. Daí a referência do médium a casas, templos, auditórios e palácios. Assim o afirma

5 –      A morte suave dada a presença de seres espirituais.  A doutrina também nos mostra que o recebimento e o tempo de adaptação do desencarnado dependia de sua evolução e conhecimento.  Não nos esqueçamos que sobre esse tema o médium desdobrado se encontrava na cidade espiritual em que sua evolução o colocou.  E visavam os espíritos que o assistiam que ele viesse transmitir o que seria a regra na época, sem alteração.

Nos séculos XVIII e XIX (anos de 1800 e 1900), foram anos nos quais floresceu na Terra um grande desenvolvimento, as invenções e o conhecimento em expansão extraordinária.  Já iniciados os preparativos para a transformação do planeta, oportunidades foram oferecidas a todos os espíritos para destinação.  De planeta de provas e expiações para de regeneração a oportunidade a todos de melhorarem suas posições planetárias era mais que oportuna.   É que entre os planetas de provas e expiação existem os que estão mais próximos dos planetas primitivos e os que estão mais próximos dos planetas de regeneração, o que significa dizer que poderemos ficar estáticos ou mais próximos do de regeneração ou emigrar para um destes (sabemos que não há regressão).  Vejam a evolução na população mundial:

1800            978.000.000 (novecentos e setenta e oito milhões)

1900         1.650.000.000 (um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões)

2000         6.070.581.000

2005         6.453.628.000

2011         7.000.000.000

2017         7.500.000.000

6 –      anjos e demônios  – Bons ou com tendência para o bem e maus ou com tendência para o mal.  Cada qual sabe onde está e para onde vai.  Não há julgamento, o que vai ocorrer é “automaticamente, por uma lei espiritual das similitudes” cada qual ocupar sua posição (3).

(7)     não havia penas eternas – O Livro dos Espíritos, capítulo VIII, Da Lei do Progresso, perguntas 776 a 801 nos ensina sobre o progresso do espírito. O espírito não retrograda. Caminha para a frente ou fica estagnado.  E distingue o progresso moral do intelectual. Já na pergunta 194, ‘a’ é específico: A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrograda.

(8)     que sentissem vontade – Não há pena e muito menos eterna.  Em todos está integrado o instinto do progresso.  Não há punição nem castigo.  Mas todos devem buscar a melhoria, fazer o bem a si próprio em primeiro lugar para aprender como deve ser para com os demais.  Mas tem de ser pelo trabalho próprio e para isso tem de ter a vontade (desejo) de melhorar.  Ninguém escapa do erro, do vício, do defeito, sem esforço próprio e esse esforço próprio tem como força vital a vontade. Sem a vontade não há sucesso.  Mas, em havendo a vontade, será necessário apoio; fundamental que os encarnados os ajudem e os profissionais os fortaleçam; os desencarnados estão vibrando com a decisão e tudo farão para auxiliar, ofertando no plano espiritual o amparo desejado, afastando os óbices que cabem a eles lidar.

(9)     Nós estudamos no plano espiritual onde nos preparamos para as sabatinas e prova de final de ano aqui na Terra.  Não estudamos aqui, estudamos lá, nos preparando. Aqui é a nossa prova, vamos ser aprovados?

Estas considerações sobre esse médium são do século XVIII.  A doutrina espírita não estava codificada, o que somente ocorreu no século seguinte – mais de cem anos decorridos.  Hoje, no século XXI temos sua comprovação nas obras notadamente psicografadas por Chico Xavier e Divaldo (existem vários outros médiuns de idêntico valor moral e mediúnico), precisando apenas fazer uma consideração: o médium transcrito esteve presente numa ‘morada’ cuja vibração corresponderia à sua condição espiritual, assim como serviria ‘Nosso Lar’ de exemplo.  E não visitou outros mundos como ocorreu com André Luiz e tantos outros espíritos estudiosos que por outros médiuns vieram transmitir o que viam e o que sentiam.  E daí demonstram que havendo várias moradas, elas sofrem transformações decorrentes da evolução do ser humano, moral em primeiro lugar, intelectual em segundo lugar.  A evolução decorre da necessidade do homem viver em coletividade.

Nas próximas considerações continuaremos no assunto.

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