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MANIFESTAÇÃO DO MUNDO ESPIRITUAL

Para podermos analisar ainda o fato de não termos encontrado outro planeta habitável, temos de considerar que a busca se direciona no sentido de que todos deverão ter água e ar porque aqui temos ar e água indispensáveis para nossa vida.  Mas, aqui mesmo, temos vidas anaeróbicas que não precisam de ar para viver, como também temos as que morrem com a presença de oxigênio; também temos vidas que não necessitam de água.

Codificando a doutrina, Kardec manteve o seguinte diálogo com o Espírito da Verdade, que encontramos no Livro dos Espíritos:

“55. São habitados todos os globos que se movem no espaço?

“Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”  Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.

56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos?

Não; de modo algum se assemelham.”

57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir­-se-­á tenham organizações diferentes os seres que os habitam?

“Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.”

Cada planeta tem seus ocupantes com o fluido vital apropriado, cada qual tendo o seu específico como modificação do fluido especial (Mesma obra: “ Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, II, “Princípio vital o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-­se a matéria em dadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a ideia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz. Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, em nada difere do fluido elétrico animalizado, ao qual também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc.”… De conformidade com essa maneira de falar, a alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas, animais e homens; a alma intelectual pertenceria aos animais e aos homens; e a alma espírita somente ao homem.”; p. 427. “De que natureza é o agente que se chama fluido magnético? Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal”.

Nada mais simples.  O que temos de atender é a lógica e o bom senso.  São milhões de sóis e número até mesmo inacreditável de planetas já conhecidos e outros astros que nem mesmo ainda conseguimos ver em sua totalidade, esperando a Nasa que o novo telescópio que substituirá o Hubble, previsto para lançamento no ano de 2020 no espaço:

“Telescópio Espacial James Webb (JWST) – programado para ser lançado ao espaço em três anos – é esperado para olhar profundamente no universo para ajudar os cientistas a aprender mais sobre a mecânica dos cosmos. Cerca de 932 mil milhas (1,5 milhões de quilômetros) da Terra. O JWST vai  ajudar os cientistas a procurar por planetas alienígenas que estão relativamente perto da Terra.”

           Mas a procura por água e oxigênio não será de muita valia, embora possam aparecer outros planetas deles dotados. 

Reconhecendo a existência de outros mundos, como lógica, só olhando a parte do Universo que conseguimos fotografar, ainda se abrem dois caminhos: acreditar num criador (Deus) ou no acaso (um átomo aparecendo do nada e explodindo no big bang dando início ao Universo).

A negativa da vida espiritual fora deste planeta está se tornando cada vez mais difícil de se manter. A literatura laica está plena de obras que se dedicam à descrição fantasiosa de mundos exteriores, sendo a dos ‘games’ fantástica em mostrar monstros perversos que querem a destruição e dominação dos mundos como também a cinematográfica que nos dá dezenas de filmes que tratam da vida fora da matéria a existência de mundos paralelos, para onde vão os espíritos desencarnados.  Faço uma relação mínima desses filmes, podendo os que nos leem ajudar-nos indicando outros: “Ghost – do outro lado da vida”, “Amor além da vida”, “O sexto sentido”, “A viagem”, (…).

Já temos suficientes assuntos para estabelecermos um novo comportamento visando a melhoria de nosso procedimento nesta vida.  Não nos esqueçamos que os espíritos nos tem alertado que estamos estudando mas não estamos praticando apenas indo aos centros para ouvir palestras e tomar passes e lotando as salas quando é o Divaldo ou outros já conhecidos.

Não nos esqueçamos que a doutrina espírita não quer adeptos pela quantidade mas pelo atendimento ao princípio da  “transformação moral e os esforços para sermos melhores” que é o que importa efetivamente. Daí para o sucesso em nossas vidas espirituais é sereno.

Sabemos que não há regressão na vida espiritual.  No entanto, quando infringimos a lei de forma que atraímos para nós grande plêiade de espíritos revoltados que querem revanche, somos obrigados a mudar de ‘casa’, ir para outro mundo no mesmo estado evolutivo (provas e expiações ainda mais próximos dos primitivos do que dos de regeneração), e aí sofremos a mudança do fluido vital, o perispírito terá outra carga, se tornará mais pesado o que nos infligirá um mal estar inimaginável, servindo essa nova experiência para um despertar para a realidade da prática do bem, com amor.

Já temos condições de aprender que o mal só sobrevive em nossos corações porque  afastamos o bem; o ódio só vinga no nosso planeta porque esquecemos do amor; as trevas existem porque afastamos a luz. Somos os responsáveis exclusivos.  Quando nosso irmão maior veio nos trazer as lições que conhecemos da forma como nos é transmitida, sabia de nossas deficiências, mas foi há mais de dois mil anos.  Daquela época somos os derradeiros, aqueles que desperdiçaram no correr dos milênios muitas oportunidades e ainda nos prendemos nos mesmos vícios e males que nos entravam neste mundo.  Mas Deus é Pai e nos enviou esta doutrina de amor e luz para abrirmos nossos corações e darmos passos gigantes para nosso aprimoramento.

Estamos com a palavra; não desperdicemos a oportunidade.