(9) NOSSO MUNDO

(9)

NOSSO MUNDO

          O que estamos vivenciando é uma total desestruturação dos conceitos de amor ao próximo.  As notícias que nos chegam pela imprensa escrita, falada e televisionada demonstram a total desconsideração aos princípios morais que nossa sociedade exige de cada um de nós.  Avisam-nos os espíritos que se aproxima a conversão de nosso planeta de provas e expiações em planeta de regeneração – vivenciaremos a época a que se refere o novo testamento no ranger de dentes? (Mateus, 24:30.51).

Respeitados dois milênios de documentos válidos, muitas cópias, muitas traduções e muitas versões e, notadamente, a dominação de religiosos que escolhiam o que tornar público e sobretudo pelos adeptos que se deixavam vencer pelo medo e mais se preocupavam consigo próprios, é grande o número dos que preferem comprar lugares vendidos pelos ‘corretores  do céu’, mesmo que estes não comprovem sua legitimidade como mandatários.

A doutrina espírita veio para o despertar da humanidade nessa época de transição, com o fito de mostrar a todos a simplicidade de nossas vidas e do tão pouco que devemos dar para encontrarmos o destino superior que nos cumpre alcançar.  Mostrou-nos que existe o mundo espiritual e o mundo físico, restabelecendo os ensinamentos de Jesus que viveu entre nós para ensinar tudo o que precisávamos saber há dois mil anos, inclusive sobre a reencarnação que dá a todos a oportunidade de progredir na velocidade que cada um desejar, ensinando-nos que o amor é o único caminho a percorrer e que a busca da verdade (fé raciocinada) nos libertará. Sim, lemos em João 8:32

  “Se ficardes fieis à minha palavra, serão em verdade discípulos meus. Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará”.

          Para conhecê-la, haveremos de ficar fiéis à sua palavra, ou seja, aos seus mandamentos e ensinamentos.  No sermão da montanha Jesus explana sobre o que ensinará no correr de seu apostolado. É uma peça de leitura necessária para dar ao leitor uma base para melhor entender o apostolado de nosso Mestre.   Mas não é fácil. Para se chegar à verdade, precisamos ter em primeiro lugar o interesse de aprimorar o espírito.  Difícil  nos ocuparmos de todos os ensinamentos. Necessário antes de iniciarmos trazer o que alguns agasalham como regra de ouro:

Mt 7:12 – Tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles; pois é nisto que consistem a lei e os profetas:

          Há, sim, a pretensão cristã de mudar o mundo, mas não pela esfera política, e sim através da prática da solidariedade e da humildade. A estratégia para isso é dar o exemplo silenciosamente, sem julgar as outras pessoas. Sem alardear nossos feitos, vivendo uma vida simples, fazendo o compromisso de jamais esquecer aquilo que realmente importa, aos poucos transformaremos o mundo.

Ao percebermos que erramos, reconhecer os erros e tudo fazer para que as consequências sejam as menores possíveis, visando nesta mesma vida iniciarmos nossa própria correção, sem desprezar jamais que o amor ao próximo e o perdão a si mesmo são as molas mestras para a remoção de montanhas. Jamais punir a si próprio, desqualificando a própria vida e aplicando a pior solução de todas as previstas que é o desprezo à vida.

Voltando ao mundo espiritual.  Em todas as épocas sobressaem aqueles que vieram para não deixar fosse apagada a flama irradiada por Jesus há dois mil anos, com tal poder e força que os seus seguidores eram levados à arena romana para serem atacados pelos animais famintos e se entregavam cantando louvores porque sabiam que estariam com Ele tão pronto seus destinos se cumprissem.  A espiritualidade já os libertava antes de sofrerem qualquer dano físico. Foram os verdadeiros cristãos.  Entregaram suas vidas físicas como o próprio Jesus o fizera.

Mas, a força do poder e das vantagens materiais não podem ser desprezados.  A história nos conta como houve a degradação dos ensinamentos do Cristo.  Colhendo um pouco dali e um pouco daqui, iremos conhecer dessa história e como os ensinamentos cristãos foram relegados pelas religiões. Os romanos dominavam vastas regiões.  Traziam consigo as técnicas (ciência da época), levando à região o conhecimento da condução das águas para as cidades construindo aquedutos de quilômetros de extensão, a engenharia já era do conhecimento desde os antigos egípcios com suas maravilhosas pirâmides e o conhecimento sobre o tempo, mudanças climáticas e do cosmos conhecidos dos maias.  O mundo caminhava. Jesus surgiu após o seu retorno à pátria espiritual várias vezes, o que dava aos cristãos a força que precisavam para o desenvolvimento das lições deixadas para aproveitamento de todos.  Seus apóstolos curavam como Ele o fazia e praticavam a caridade como ensinado.  Ele voltou mais de cinquenta anos após a crucificação, para a visão de Saulo de Tarso que se transformou de perseguidor no mensageiro dos gentios Paulo de Tarso.  Essa visão ocorreu na estrada de Damasco.

A reencarnação era crença entre os cristãos.  Como ela foi abandonada pela igreja então formada? Dizem-nos os historiadores:

O Concílio de Constantinopla – 553 D.C.

Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina da Reencarnação foi declarada herética durante o segundo Concílio de Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas “colegas” e, para não sofrer as consequências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Carma, empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano ” em nome de DEUS ” !

Vemos que as histórias antigas nos levam a desencantos. Vendo a história, a escrita surgiu há quatro mil anos antes de Cristo, em Uruk (atual Iraque) pelo relato da sacerdotisa da lua – Enheduana – filha do primeiro imperador conhecido.  Conta-nos sobre a inundação da Terra e que Unapohitim que buscava a essência das coisas e do mundo, teve essa visão e construiu uma arca onde colocou várias espécies de animais e que sobreviveu ao diluvio.  Lembram-se do de Noé? Foi na mesma época, há aproximadamente 4.000 anos (aC).  A única verdade que se extrai dessa história é que houve o dilúvio e que foi global, embora alguns historiadores digam que foi parcial.

O que importa é que os fatos ocorreram.  Mesmo que cada um interprete de sua própria maneira.

Precisamos, pois, conhecer os fatos e tirar  nossas ilações (em seu sentido gramatical: proposição aceita como verdadeira pela comparação com outras – dicionário on line de português).  Dizem os estudiosos que voltará a ocorrer tal fenômeno, já reproduzido várias vezes na Terra.

Continuaremos na próxima.

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