(4) CAMINHOS A SEGUIR

 

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CAMINHOS A SEGUIR

     É lógico que vivendo aqui na Terra não podemos olvidar que precisamos estar em coexistência com o mundo.  Temos nossos afazeres diários que nos permitem buscar recompensas, como participar de todas as atividades possíveis (cinema, teatro, encontros sociais, trabalho, estudos, esportes etc) que são indispensáveis para nosso equilíbrio físico e mental.  O que nos dá prazer devemos buscar principalmente com relação a todos que conosco convivem.  Sem esquecer que nosso equilíbrio depende dessas práticas, isso significando que não estamos prejudicando ninguém.  E também que não podemos nos alhear do que ocorre no mundo principalmente o que pode influir em nossas vidas.

Terremotos, tsunamis, desastres climáticos, obras da natureza cumprindo seu papel no equilíbrio no Universo; guerras e mais guerras, misérias e mortes, atitudes mesquinhas em benefício próprio e contra o interesse de todos, obras dos homens; tudo faz parte de nossas vidas e nos ajudarão por certo em desenvolvimento, sendo necessário que não nos envolvamos nos erros e contribuamos para o acerto e reparação dos efeitos danosos.

Mas temos uma parte que precisamos saber, o que viemos fazer aqui na face da Terra. Não somos só matéria, somos almas também.  E começamos com o objetivo de buscarmos a verdade, a nossa verdade, e não as que aparentam ser, mormente tendo em conta de são de várias religiões, cada qual com a sua redação e tradução dos livros ditos sagrados, interpretação diferentes, nos indicando regras que nem todos obedecem.

Os ensinamentos nos evangelhos que temos às mãos e até mesmo nos que não foram aceitos pelos doutores dos templos, nos dão a conhecer quem devemos seguir.

Mas para isso é necessário pensar, raciocinar, sentir, aceitar e cumprir.

A fé cega de antes, necessária e indispensável por ser o povo inculto, sem saber escrever e nem mesmo ler, há de ser substituída pela fé raciocinada, pois nos dias de hoje, todos sabemos ler, escrever e analisar.

Já demonstramos nos escritos anteriores que estamos aqui, encarnados, para buscarmos o crescimento espiritual.  Precisamos substituir os erros praticados em outras vidas e os já praticados nesta vida, e aceitarmos como verdade os mandamentos que nos foram deixados pelo Mestre dos Mestres: “Ame o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a sua mente e de toda a sua alma” Esse é o primeiro e maior mandamento. E o segundo em importância é parecido: Ame a seu próximo como a si mesmo.” (Mateus 22,37-39).  Não se importe com as traduções.  O importante é o sentido.

E O MAIS IMPORTANTE, AINDA, É O PRATICAR.

     Amar e perdoar.

Também já vimos que a doutrina espírita nos coloca numa posição de nos encontrarmos num planeta de provas e expiações, dos mais próximos dos planetas primitivos onde o mal suplanta a prática do bem e estamos lutando para alcançarmos planetas de regeneração onde o bem é a regra, ou melhorarmos nos de provas e expiações mais próximos dos de regeneração, onde o bem suplanta mas a prática do mal ainda viceja.

Assim, mister que despertemos e além de reconhecer as doenças (vícios), temos de iniciar na recuperação, sabendo que se nos mantivermos nelas estaremos não só prejudicando a nós próprios mas até mesmo a quem mais amamos, porque indiscutivelmente certo que eles sofrem por não poderem nos ajudar em nossa recuperação.  Qual a mãe ou o pai, ou irmãos e até mesmo amigos não sofrem quando se sentem inertes por não poderem fazer nada para ajudar seus entes queridos a deixar o erro.  E não nos ocorre algo pior, além de sofrer, saber que fazemos os outros sofrerem também.  Fazendo o bem a nós próprios, estamos também ajudando a todos.

Hoje encontramo-nos ainda como há dois mil anos.  Lá crucificamos Jesus liberando Barrabás e hoje estamos votando em políticos que colocam em risco o equilíbrio dos povos, desviando riquezas dos cofres públicos, sacrificando os mesmos eleitores e erguendo paredões dividindo as nações e pondo em risco a paz entre os povos.

Está mais que na hora de estudarmos conscientemente a bondade de nosso Criador.

Tomemos nós próprios como exemplos.  Se nossos filhos erram, nós definitivamente não os condenamos e sempre, sempre, lhes damos todas as oportunidades para que pensem nos fatos recriminados e se recuperem. Deus não faria dessa forma?  Dar a oportunidade a todos nós, seus filhos, para nos recuperar também, ao invés de lançar todos no umbral  aguardando um  julgamento final?  Quantos trilhões ou quatrilhões ou mais de almas já se encontrarão nesse lugar imaginário aguardando por milênios esse julgamento?

Nós que estudamos e aceitamos a reencarnação como fundamento básico e elementar, diversamente daquela compreensão, cremos que não há julgamento.  Se praticamos algum ato que cause um desequilíbrio no Universo, a única moeda de troca para recuperá-lo é o bem que teremos de praticar.  Nós já citamos a epístola de Tiago (5,19-20) e a I de Pedro (4, 8), onde nos é dito o que ocorre efetivamente: Meus irmãos, se algum de vocês se desviar da verdade e alguém ajudá-lo a compreender a verdade novamente, essa pessoa que o trouxer de volta salvará a vida dessa pessoa e fará com que muitos pecados sejam perdoadose O mais importante de tudo é continuarem a mostrar um profundo amor uns pelos outros, pois o amor perdoa muitos pecados.. (tradução da Nova Bíblia Viva editada por MC Mundo Cristão – São Paulo).  As traduções dos textos bíblicos são das editoras, via de regra católicas ou protestantes.

Todos devemos ser fieis à religião que adotamos como caminho para nossos estudos, mas devemos estudar para buscarmos a verdade e não será porque alguém nos disse que Ele é nosso mestre e guia, nós acreditaremos que Ele o é.  Mas se tivermos estudado e nos convencido dessa verdade, estaremos seguros e o caminho da recuperação será vitorioso.  Jesus convenceu e converteu muitos pelos exemplos de cura que praticava constantemente o que fazia com que seus adeptos compreendessem ser o enviado, encontrando-se apto a ensinar.  Mas era visto por todos e não mostrado como tendo sido feito por alguém. E deu aos apóstolos o poder de curar os doentes.

Quando nos preocupamos e estudamos, sabemos e temos consciência do que é certo e praticamos. É um ato natural de nossa parte.  Mas quando não temos essa consciência não praticamos, mesmo sabendo o que nos competiria fazer.

Daí porque os comunicantes nos mostram que estamos necessitados de convicção e esta só se faz presente quando raciocinamos.

Fé raciocinada.

O caminho está a nossa frente.

Sigamos.

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