MULTIDÃO DE PECADOS
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MULTIDÃO DE PECADOS
Nós nos encontramos, ainda, num planeta no estágio de provas e expiações. Isto significa que estamos ainda longe, bem longe, de alcançarmos os páramos celestiais. Mas temos a esperança de atingirmos estágios mais auspiciosos se atendermos às recomendações do nosso querido Irmão Maior Jesus, na voz de seus apóstolos quando afirmam que o amor (o bem) cobre uma multidão de pecados.
Mas ainda assim, temos muito a trabalhar nossos espíritos. Precisaremos considerar em primeiro passo que somos filhos do mesmo Criador e, portanto, somos irmãos espirituais. Ao darmos esse primeiro passo, seguir-se-á o segundo: o entendimento de que sendo todos irmãos, não se justifica que nos digladiemos. Cada um de nós se encontra em estágios diferentes do desenvolvimento espiritual, sendo até razoável que tenhamos problemas de inter-relacionamento. E o maior reforço para essa compreensão é o de que sendo irmãos, os mais desenvolvidos devem considerar as condições dos mais novos, cedendo nos pontos em que esse desentendimento não alcançar prejuízo maior no desenvolvimento destes.
Tomemos nossa vida de encarnados como exemplo. Temos irmãos mais novos que se enchem de vontades, umas que podem ser atendidas por não serem prejudiciais e outras que não podem ser atendidas por significarem maus hábitos e prejudiciais ao desenvolvimento que dão origem às manhas. Da mesma forma, no mundo espiritual, não devemos estimular atitudes prejudiciais ao desenvolvimento de nossos irmãos mais novos, sendo nossa obrigação a de fazê-los entender que a permanência nesse ou naquele comportamento traz a insegurança para os demais e principalmente para si próprios. E, pasmem, muitas vezes, encontraremos irmãos já enraizados nas práticas deletérias, que associam seus entendimentos a erros e crimes cada vez mais perversos. Da mesma forma, devemos ouvir os irmãos que se encontram mais aptos do que nós no conhecimento e na prática do bem.
E aí, nos deparamos com aqueles que se dedicam a tornar suas vontades como procedimentos a serem seguidos pelos outros, que se juntam a eles pela lei da combinação dos fluidos em que vivem. Exemplifiquemos: dirige um estado de forças negativas um espírito antigo que se prende à prática do mal. A lei de atração fluídica leva a que irmãos que praticaram atividades negativas quando encarnados ou mesmo desencarnados, que têm a revolta em seus corações por não perdoarem aqueles que, com intenção ou não os prejudicaram, baixam a sua vibração que é atraída por outros que se encontram na mesma situação (semelhante atrai semelhante) e, pela inexperiência aceitam as ordens do mais antigo que dominam outros, compondo um grupo que, mais forte, lhes promete a vingança. Caíram na armadilha criadas por si próprios. Passar-se-ão séculos e mais séculos, até que atinjam uma posição no grupo e se tornam líderes, associando em suas teias, outros iguais a eles mesmos.
Um dia, cansam, ou são resgatados por entes que com eles lidaram no passado longínquo, muitas vezes da mesma família quando reencarnados. E iniciam o longo, árduo e penoso caminho de volta.
Não querem mais prejudicar, sofrem ao invés de se vangloriar quando prejudicam alguém. O peso é tanto que não conseguem nem pensar em resgate. E lhes ensinam que a prática do bem, o amor substituindo o ódio, cobre grande parte de seus pecados. Não serão julgados por ninguém e que eles próprios é que, com os mais experientes, escolherão os caminhos da recuperação espiritual, porta sempre aberta à sua frente, por ser a lei divina a do amor e perdão como nos ensinou Jesus, comandante espiritual de nosso planeta.
Não serão mais obsessores.
O que ocorre num nível, ocorre em outros, com a predominância da lei da evolução. Vejamos os oceanos. Quando mais profundo, os seus habitantes estão dispostos, cada um com a corpagem específica para resistir às variações de pressão e temperatura. Escuro total. Uns nem têm olhos para ver, outros têm iluminação própria para irradiar suas necessidades e encontrar os que satisfarão as suas necessidades e que serão atraídos pelas ondas elétricas, sonoras, luminosas ou magnéticas emitidas. Todos envoltos pela água em sua densidade específica. Tal como nós, aqui encarnados estamos envoltos no ar que respiramos e na gravidade variável em todo o planeta. Muitos vivendo quilômetros acima do nível do mar e outros no mesmo nível ou um pouco mais abaixo. É a evolução.
Ao dizer Jesus que o bem (amor) cobre uma multidão de pecados, está nos dizendo que, chegada a hora da reparação seremos conduzidos pelos que se aperfeiçoaram na lei da amor e do perdão, escolhendo, com eles, os caminhos que deveremos percorrer para a superação perante a lei imutável do nosso Criador.
LUIZ OTAVIO GOMES SANROMÃ
…”temos muito a trabalhar nossos espíritos”.
Nosso espírito x nosso corpo.
Nós não temos um espírito, somos espírito que tem, temporariamente, um corpo, quando encarnado.